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A Atividade Física na Melhoria da Memória do Idoso

(APBinforme, agosto 2010)

A característica marcante do avanço da idade é a falta da memória, principalmente para fatos recentes. Estudos indicam que a atividade física ajuda a diminuir este processo natural e contribuir para manter, ou até mesmo melhorar, sua memória.

A memória é a capacidade da gente guardar e utilizar a informação de diversas maneiras, inúmeras vezes. É o modo que o nosso cérebro tem de associar a experiência que ocorre no momento atual às memórias semelhantes de experiências passadas, e poder projetar as experiências futuras. A aprendizagem e a memória são intimamente relacionadas: todo organismo modifica seu comportamento em resposta às experiências que vivencia. Essa modificação é uma resposta aprendida, que ocorre principalmente pela capacidade desse organismo armazenar a memória por um longo período.

O armazenamento das informações ocorre em dois estágios distintos, denominados memória de curta duração e memória de longa duração.

A memória de curta duração caracteriza-se pela capacidade da gente usar a informação imediatamente após ser apresentada. Dura entre 20 a 30 segundos. Já a memória de longa duração distingue-se pela capacidade e duração infinitas e ilimitadas – ou seja, por períodos que podem durar até mesmo a vida inteira.

A memória de longa duração é relativamente bem preservada no idoso, mesmo que haja dificuldades para recuperar algumas informações. Já a memória de curta duração regride, com o aumento da idade.

A atividade física melhora o estímulo cerebral, focaliza a atenção, diminui e previne alterações cerebrais e motoras decorrentes do avanço da idade, além de diminuir a ansiedade, a depressão e aumentar a auto-estima.

A transferência da informação para a memória de longa duração através da repetição de uma tarefa mantém essa informação na memória de curta duração por mais tempo, deixando-a acessível para você usar. Por isso é que quem aprende a andar de bicicleta, e anda sempre, sempre se lembrará como se faz.

Outra classificação da memória diz respeito à consciência do recordar. A memória explícita é aquela que temos consciência do que estamos pensando, no que responder ou o que fazer. Já a memória implícita é aquela que não temos a menor consciência de estarmos usando. Por exemplo: ao abrirmos uma lata utilizamos automaticamente as informações que temos armazenadas sobre os todos os passos necessários para abri-la (limpar a tampa da lata, escolher o instrumento ideal – o abridor –, o movimento que devemos fazer com as mão etc.).

O processo de envelhecimento da memória

Uma das principais causas da diminuição da memória e da capacidade de aprender com a idade é o envelhecimento dos neurônios (as células do cérebro) e a má circulação sanguínea cerebral. Nos idosos, o fluxo sanguíneo reduzido prejudica o funcionamento de todos os principais órgãos, inclusive o cérebro, ficando muito vulnerável a qualquer deficiência do sistema circulatório.

Existem outros fatores que contribuem para piorar o desempenho do cérebro: doenças como o Alzheimer, condições cardíacas circulatórias, a redução ou falta de atividades físicas, o estresse e o uso de sedativos.

Se o idoso tem mau desempenho em tarefas que exijam iniciativa e planejamento, isso pode ser uma deficiência na resolução de problemas ou diminuição na capacidade de planejar e organizar seu comportamento. Também se observa dificuldade de escolher entre o que é importante ou não. Por isso, muitas vezes o idoso fica inseguro diante de escolhas simples – ir por um caminho ou por outro – começa a “empacar” com coisas insignificantes, e por aí vai.

O envelhecimento do corpo humano depende significativamente de fatores ligados ao estilo de vida da pessoa desde a infância, principalmente no que diz respeito às atividades física e ocupacional, e à alimentação. Um idoso que tenha tido hábitos de vida saudáveis pode vir a ser auto-suficiente para tarefas diárias e com capacidade para manter relações intelectuais e sociais com o meio que o rodeia, mesmo que tenha perdas físicas e mentais.

É sobre como e o que fazer para que isso aconteça que vamos tratar nos próximos números do APBinforme. Fique atento. Até lá.

Prof. Me. Maria Valéria Padilha Fernandes Rolim

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